Copom Eleva a Selic para 14,25%: Histórico, Impactos e Motivos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou hoje, 19 de março de 2025, um aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, elevando a Selic para 14,25% ao ano. Este é o quinto aumento consecutivo, levando a taxa ao nível mais alto desde 2016.
Histórico recente da taxa Selic
Nos últimos anos, a taxa Selic passou por diversas alterações. Em 2024, iniciou o ano em 11,25% e sofreu variações ao longo dos meses, conforme dados do Banco Central.
Em 2025, antes do aumento atual, a taxa estava em 13,25%.
Impactos na economia
A elevação da taxa Selic tem implicações significativas na economia brasileira:
- Custo de crédito : Juros mais altos encarecem empréstimos e financiamentos, reduzidos o consumo e os investimentos das empresas.
- Inflação : A medida visa conter a inflação ao desestimular a demanda, mas pode ter efeitos limitados se outros fatores inflacionários persistirem.
- Dívida pública : O aumento da Selic eleva os custos de financiamento do governo, ampliando as despesas com juros da dívida pública.
- Investimentos estrangeiros : Taxas mais altas podem atrair capital externo em busca de rendimentos maiores, valorizando a moeda local.
Justificativas para o aumento
O Copom justificou o aumento da Selic devido a um cenário global de desafio e à persistência de pressões inflacionárias internacionais. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,1% em fevereiro, acima da meta oficial. Além disso, há incerteza sobre as políticas comerciais dos Estados Unidos e os gastos governamentais excessivos para a decisão.
Reações e perspectivas
A decisão gerou críticas de setores industriais e políticos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) consideraram medida prejudicial ao setor manufatureiro e à economia.
O Copom sinalizou que os ajustes futuros nos impostos serão de menor magnitude, dependendo da evolução das condições econômicas.
Banco Central do Brasil eleva taxa Selic para 14,25% ao ano
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